Entre brindes e postagens: o RH que virou palco

Quando o RH vira marketing de cultura (e só)
Por Insights Nexia — Gestão, Talentos e Transformação Organizacional

Introdução

Nos bastidores de muitas empresas, o RH virou o setor da festa, do brinde e do post bonito no LinkedIn.
Responsável por aniversários, integração, brindes de fim de ano, campanhas de saúde e ações de clima.

Tudo isso é importante. Mas também é perigoso quando o RH é reduzido a isso — e perde o lugar estratégico que deveria ocupar.

O esvaziamento estratégico do RH

Enquanto as decisões mais críticas sobre desenvolvimento organizacional, estrutura, mudanças estratégicas e crescimento do negócio são tomadas sem o RH na mesa, sobra para o time de Gente & Cultura o papel de “embaixador da alegria”.

RH não foi feito para entreter. Foi feito para transformar.

Quando o RH perde voz nas decisões, ele vira uma engrenagem periférica — e pior: passa a ser cobrado por resultados sobre os quais não tem poder de influência real.

Sinais de um RH que virou “marketing de cultura”:

🔸 É lembrado apenas na hora dos eventos, brindes e datas comemorativas
🔸 É excluído de decisões de negócio que impactam diretamente pessoas
🔸 Precisa “comprar” a confiança dos líderes o tempo todo
🔸 Recebe demandas, mas não tem autonomia de execução
🔸 Vive apagando incêndios ao invés de desenhar estratégias

O custo invisível disso?

Cultura inconsistente
Clima de frustração interna
Processos desalinhados com o negócio
Profissionais de RH esgotados e desvalorizados
Um RH visto como “operacional de luxo” — quando deveria ser um pilar de inteligência organizacional

E se o RH voltasse a ser RH?

Voltar ao centro do negócio é mais do que participar de reuniões.
É:

Ter voz e voto nas decisões que impactam pessoas
Criar políticas coerentes, sustentáveis e mensuráveis
Apoiar lideranças, mas também confrontar incoerências
Transformar cultura em prática — não em storytelling corporativo

Para refletir:

“RH que só entrega clima, vira cortina de fumaça para culturas tóxicas.”

Empresas maduras entendem:

'Cuidar de gente é cuidar do negócio.'

RH é quem lê os sinais invisíveis da organização. Silenciar essa leitura é comprometer o futuro.

Nexia RH