Já foi, mas ainda está? A demissão silenciosa reversa


 


Quando o crachá fica, mas o vínculo vai embora.



Você já ouviu falar da demissão silenciosa — quando o colaborador “desliga” emocionalmente, mas permanece no cargo?

Pois agora, o jogo virou: cresce o número de profissionais que demitem a empresa em silêncio, mesmo antes de sair.

Eles continuam entregando, participando de reuniões, seguindo o script… mas por dentro, já fecharam a porta emocionalmente.
Esse é o fenômeno da demissão silenciosa ao contrário — e ele é tão preocupante quanto invisível.



O que é a “demissão silenciosa reversa”?

Diferente da quiet quitting, onde o colaborador reduz o engajamento por autopreservação, aqui temos uma ruptura emocional mais profunda.
A empresa acredita que está tudo bem — porque os números continuam sendo entregues. Mas a verdade é que o colaborador já não se sente parte. Já não acredita. Já foi.


Sinais de que o colaborador já “demitiu” a empresa

Mesmo com o crachá no peito e a câmera ligada no Zoom, alguns comportamentos denunciam o desligamento interno:

🔸 Cumpre tarefas no modo automático
🔸 Evita envolvimento em projetos de longo prazo
🔸 Finge entusiasmo, mas não participa de forma genuína
🔸 Não se vê mais crescendo ali
🔸 Busca ativamente novas oportunidades (ou só espera o momento certo de sair)

É o silêncio antes da saída.



O que leva alguém a “se demitir” da empresa sem sair?

Nem sempre é sobre salário. Aliás, raramente é.
As causas mais comuns envolvem:

  • Desalinhamento de valores: a cultura vendida não condiz com a vivida

  • Falta de reconhecimento: não ser visto, ouvido, valorizado

  • Liderança tóxica ou ausente

  • Sobrecarga e burnout

  • Falta de propósito ou perspectiva de futuro

A pessoa vai, pouco a pouco, desconectando a alma do crachá.



Para as empresas: o alerta invisível

“Seus talentos ainda estão na empresa, mas será que ainda estão com ela?”

Enquanto o RH mede produtividade, clima e turnover, muitos talentos já bateram o ponto da indiferença.
E o mais grave: quando decidirem sair, será sem aviso prévio emocional — só um e-mail com o assunto: “Pedido de desligamento”.


O que as lideranças podem (e devem) fazer

👂 Ouvir de verdade: promova espaços seguros para conversas francas
📊 Ler além dos KPIs: resultado sem conexão é bomba-relógio
🏗️ Construir propósito junto: pessoas engajam com aquilo que sentem que cocriam
🧠 Treinar gestores para escuta empática e feedbacks significativos
🌱 Apoiar ciclos de desenvolvimento, não só metas


Para os profissionais: tempo de escolha

Se você se reconheceu nesse texto, talvez seja hora de se perguntar:

  • Estou aqui porque ainda acredito… ou porque tenho medo de sair?

  • Existe algo que posso mudar… ou já esgotei todas as tentativas?

  • Minha permanência faz sentido para minha saúde emocional?

Permanecer sem alma é sobreviver.
Você merece viver, crescer, se sentir vivo(a) no que faz.

 


Para refletir:

“Você não precisa explodir para sair.
Mas também não precisa se apagar para continuar.”

A demissão silenciosa reversa é um pedido de socorro sofisticado.
Cabe às empresas aprenderem a ouvir o que não é dito — e aos profissionais, a honrarem o próprio limite.


📌 Na NexiaRH, ajudamos empresas a identificar, reter e desenvolver talentos de forma humana, estratégica e alinhada à cultura. 

Fale com a gente e evite perder quem você ainda pode reconectar.



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